A Voz Do Emerso / La Voix de l'Émergé
pinturas de Elisabete Pires Monteiro
textos de Alexandre Teixeira Mendes
Apresentação: Manoel Bonabal
29 Janeiro 2011, 17h
Clube Literário do Porto
Rua Nova da Alfândega
Porto
Entre-Viventes: alberto augusto miranda, ana almeida santos, carlos silva, carlos vinagre, julia moura lopes, li viana, maria inês azevedo, pedro monteiro, raul simões pinto, virgílio liquito,
Os nascituros não são questionados sobre a sua sobrexistência. Avançam para a saída como lume inspirado. Ardem no oxi_génio. Esta clave que vai ao talho dia 29, inicia-se pela ocupação dos líquidos em telas e telhas. Quando o sopro se emersa nos corpos resilientes, outras dimensões se escapam na Livre Ausência de Vontade.
Deparamos então com esta Par_ilha.
Falam várias vozes numa gr_amática cujas exteriores doxas mais não são que um décor, caso tenham essa qualidade: serem dé cor, de cuore, de coraggio.
A Voz do Emerso tem poucas condições de ser lido à lareira. O seu lume queima noutro Lado
Excerto:
NOITE ESCARLATE
Respiro a custo em meio às naves
Meu corpo ascende pelo teu alento
Por sobre a abóbada celeste alucino
Detenho-me na noite escarlate
Sob o que de repente se esvai
O frémito do azul anil do céu
Ante o que assoma irrevogável
A luz branca retoma o seu fulgor
NUIT ÉCARLATE
Je respire à peine au milieu des dômes
Mon corps se soulève par ton souffle
Sur la voûte céleste j’hallucine
Je me retiens dans la nuit écarlate
Sur ce qui soudainement disparaît
La frayeur du bleu anisé du ciel
Avant ce qui irrévocablement assomme
La lumière blanche retrouve toute sa lueur